Alexandre Magno - Bobagens que cantamos por aí

Adaptado pela equipe do Pulpito Cristão

Que peculiar é a situação do apóstolo Paulo! "Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação" (Fp 4: 11). Paulo é categórico: "APRENDI a viver contente". Não que ele gostasse das catástrofes que marcaram seus dias de crente aqui; apenas entendia o curso deste tenebroso mundo avesso a Jesus, e prosseguia. "Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que preciso, aprendi o segredo de me sentir contente (...) quer esteja alimentado ou com fome" (Fp 4: 12).

O apóstolo dos gentios aprendeu a viver contente, pois viveu para o Senhor, e não bajulava o próprio ventre. Ele trabalhou mais, plantou igrejas mais que todos, e foi capaz, em Deus, de proferir: "Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação" (Fp 4: 13).

Jamais encontraremos Paulo entoando musiquetas anestésicas do tipo: “Vai dar tudo certo!”, isso porque as pessoas sérias - e o Evangelho está cheio de gente séria - sabem que isso não é verdade; nem sempre vai dar tudo certo. Todos nós passaremos por aflições (Jo 16.33). Curioso é que a mesma música que falsamente afirma que tudo vai dar certo, também lamenta: “Sei que a vida não é só de momentos bons: há tempos difíceis. A vida é mesmo assim...” Uai! Mas, não ia dar tudo certo?


Bobagens que cantamos.

Entre os absurdos da Confissão Positiva, madrasta da teoria da restituição, está esta canção-oração: "Restitui, eu quero de volta o que é meu..." Mas, o que exatamente o novo homem deixou de bom lá atrás pra aporrinhar Deus pedindo de volta? Parece a mulher de Ló ao deixar Sodoma. O que perdi e quero de volta? Um ministério falido? Um casamento conspurcado? Um negócio escuso e cambaleante? A namorada que se mandou?

Pois eu quero tudo novinho em folha (2Co 5.17)! O Cristo a quem eu sirvo me prometeu, e Ele cumprirá. Eu quero um casamento novo todo dia (com a mesma mulher!), um ministério com nome do céu e não de homens, flagrante macabro do autoculto. "Importa que eu diminua".


Bobagens e mais bobagens...

Nem a ordem eterna e soberana dos Céus é respeitada. “Põe um anjo aqui Senhor, põe um anjo lá, um anjo na porta e outro no altar...” O que é isso, minha gente? Acaso estamos em condições de dar ordens em Deus? Além disso, essa musiqueta parece até escalação de time de futebol de várzea!

E a igreja vai assim, de bobagem em bobagem, contaminada pela “batalha espiritual”, que aliás é outro equívoco. A classe de catecúmenos está às moscas, mas experimente anunciar um curso de “batalha espiritual” para ver: Vai bombar!


Viva o besteirol gospel!

A passagem de Romanos 16.20, “E Deus, logo esmagará satanás debaixo dos pés de vocês”, deveria encerrar de vez as loucuras cantadas por aí. É Deus, e não nós, quem esmagará Satanás; até o gesto “gospel” da Fernanda Brum é esquisito. A mesma “ensina” que anjos recebem ordens de humanos (DVD apenas um toque). E a patota “gospel” abusa, sem temor nem limites. A presença de Deus, o Soberano, é tratada como se trata um “despastor” qualquer; pop-gospel que se preza deixa Deus tomando chá de cadeira.

Aí, quando penso que os tropeços acabaram, a emissora “gospel”, cujo proprietário também gerencia a seção de títulos celestiais, toca "Rompendo em fé", uma belíssima canção que, por força do hábito (um hábito ruim), declara: “Se diante de mim, não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas”. Claro que Deus é soberano pra fazer o que bem entender, inclusive para abrir o mar, me fazer andar por sobre as águas, etc... Porém, o que escapa aqui é a afirmação de que se o mar não se abrir, Deus usará o plano B. Mas... desde quando Deus precisa de plano B?


Precisamos meditar melhor nas letras que cantamos, pois corremos o risco de, ao invés de agradar a Deus adorá-lo, acabar afrontando o Todo Poderoso com a nossa bendita música gospel.

Fonte: Pulpito Cristão.

0 comentários:

Postar um comentário

A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Ficamos felizes com suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. Apenas pedimos que seja mantido o respeito e cordialidade.